quinta-feira, 9 de abril de 2009

Programando como antigamente

Foi numa conversa via e-mail, com outros dois dinossauros da era Sinclair: Divino C.R. Leitão e Claudio Costa. Ambos amigos desde esse longínquo passado, além de colegas de trabalho (na redação e CPD da saudosa MS) e parceiros aqui no Cavernas.

A conversa girava sobre o "prazer" de programar naqueles tempos. Das dificuldades, dos aporrinhamentos, dos azimutes desregulados, enfim, de tudo aquilo que nos transformava em verdadeiros zumbis, varando noites adentro na tentativa de desvendar os mistérios daqueles micrinhos. Era legal. Era divertido.

Então surgiu a idéia de fazer um programa que permitisse programar em basic, afinal, o Basic já não é mais usado em micros há um bom tempo. Só para relembrar os velhos tempos, a partir de algo que limitasse os recursos disponíveis. Dai nasceu o projeto do zx80, um micro virtual para diversão e programação. Sem nenhuma pretensão de ser a palavra final em termos de software para desenvolvimento, mas apenas para curtição de velhos programadores.

E junto veio a idéia de montar uma estrutura onde se pudesse compartilhar os programas criados no zx80. Mais que isso, que se pudesse compartilhar a criação e o desenvolvimento. Na verdade, quando essas idéias começaram a tomar forma, ficou claro que estavamos fazendo uma Micro Sistemas como jamais a Micro Sistemas teve condições de ser feita: aberta, livre, totalmente moldada pelas pessoas que gosta de programar.

O resultado já pode ser visto, ou melhor, baixado. Clique no link

http://www.tilt.net/zx80

e entre para a nossa turminha. No mínimo vai se divertir com os programetos que estamos criando e, quem sabe, com os seus também.

Continue lendo...

quinta-feira, 19 de março de 2009

Cadê o Copy Alerts????

Navegando por aí, encontrei um post sobre o Copy Alerts, um serviço on line onde se pode cadastrar um blog ou site e no caso do conteúdo ser citado em outros sites o mesmo informaria por email.
Só que ao clicar no link do serviço aparece apenas uma tela com links para um monte de serviços inúteis de pura publicidade.
Fiz uma rápida pesquisa no Google pra ver se encontrava algo sobre o que poderia ter acontecido com o site mas não encontrei nada.
Parece-me que o Copy Alerts andou incomodando alguém e foi hackeado ou então simplesmente seus proprietários passaram para o lado negro da força ou não pagaram a conta da luz.
Se alguém tiver notícias do que aconteceu, informe a este marciano...
Ah... o link para lá deveria ser: http:www.copyalerts.com (clique apenas por sua conta e risco).
E o site onde vi inicialmente a dica é o Saber é bom demais, mas parece-me que lá também não estão sabendo o que aconteceu.

Continue lendo...

sábado, 14 de março de 2009

Twitter

Twitter - pra quem está com a cabeça em Marte - é um dos fenômenos (não, não to falando do Ronaldinho) que ocorrem de tempos em tempos e atraem pessoas aos milhares.
Para explicar em poucas palavras... é uma espécie de mini-blog, com severas limitações no orçamento, onde é preciso aprender a exercitar o poder de síntese e especialmente um outro poder mais complicado... o de ligar o cérbero (irmão gemeo e malvado do cérebro).
Traduzindo do marcianês, quero dizer que é um lugar onde o candidato a ser lido tem 140 caracteres para dar seu recado e se falar algo interessante, corre o risco de ser lido mundo afora ou pelos seus 17 seguidores, o que já é muito na maioria dos casos.
Nesta ultima sexta 13 (ontem) algum engraçadinho criou um Twitter da presidência da republica (sim, do nosso) e o dito cujo já constava com mais de 400 seguidores enquanto este texto estava sendo escrito, um deles, obviamente é este marciano pois quero ver no que isso vai dar.
Certamente isso deve ser ilegal e já se anunciava que a assessoria de comunicação do presidente estava providenciando a sumária eliminação dele (do twitter, não do presidente) embora ache dificil que resolvam com tal rapidez, pois até onde sei, não se trabalhava no fim de semana em Brasilia.
O legal do Twitter é que se pode enviar as msgs direto pelo celular, o que gera interessantes situações, como a de um homem que estava participando de um juri e enviou mensagens sobre o andamento do processo para seu Twitter... o advogado do perdedor entendeu que aquilo atrapalhou seu cliente e tratou de usar a situação para tentar anular o processo.
Na queda daquele avião no rio Hudson teve mensagens via Twitter, de pessoas que estavam a bordo e lembro que a primeira vez que usei o Twitter foi para noticiar que parte de uma árvore tinha caído em frente a minha residência (na época morava em Campo Grande, MS) mas até onde me lembro, ninguèm se interessou pela notícia.
Ou seja, o Twitter serve basicamente para troca de mensagens e dependendo do tipo de mensagem que se envie terá mais ou menos seguidores, ou seja, as pessoas que vão ler o que o twitteiro vai escrever.
Ainda não tem o seu? Quer ter? É moleza, entre , se cadastre e comece a acompanhar algum assunto do seu interesse, quem sabe amanhã você não será o assunto...

Continue lendo...

sexta-feira, 13 de março de 2009

13

Os terráqueos costumam ter superstições estranhas, uma delas é acreditar que o número 13 está ligado a boa ou má sorte.
E aparentemente quando o dia cai numa Sexta 13 (como hoje) a coisa fica ainda mais "séria", há pessoas que se recusam até mesmo a sair de suas casas em um dia assim.
Em alguns lugares o exagero chega ao ponto de eliminarem o número 13, há prédios onde não tem o 13° andar, simplesmente pulam do 12 para o 14 ou inventam e colocam um 12b e isso não é lenda, no Rio de Janeiro estive uma vez em um prédio onde o número 13 não constava no painel do elevador, o botão estava lá, mas sem o número e não é porque tinha sido apagado, não tinha e não tinha também identificação do andar na porta. Fico imaginando a loucura que seria morar naquele andar, será que pagavam condomínio, recebiam as cartas?
Outros acreditam que o 13 é sinal de boa sorte, o Zagalo por exemplo e não se pode dizer que seja um "azarado", o cara tem uma enorme estrela da boa sorte.
A placa do conversivel do Pato Donald é 313, sinal que Walt Disney não devia ligar muito para estas lendas e segundo algumas estatísticas é um dos números que mais saiu nos sorteios de loteria.
Porque 13?
10 é o primeiro número duplo e está associado ao corpo de um terráqueo que costuma ter 10 dedos e provavelmente por conta disso usa o sistema de contagem decimal e tiveram que inventar o computador para poder usar outros sistemas, como o binário e o hexadecimal. Seria complicado se tivessem associado o 10 a alguma coisa negativa.
11, que vem logo depois, me parece mais interessante para um número cabalistico pois repete o número 1, mas por outro lado o número 1 está associado a vitória, a ser o primeiro, não ia dar certo, embora o 11° em uma competição não seja - necessariamente - alguém com muita sorte, a não ser em uma competição onde se corte a cabeça dos 10 primeiros colocados.
12 também estaria de bom tamanho, tem uma sequência e também acabou sendo usado como medida, significa uma dúzia e provavelmente é por isso que também não poderia ser associado a questões supersticiosas, acabaria com o comércio. Quem poderia imaginar uma pessoa pedindo uma dúzia de ovos se achasse que isso dá azar?
Mas porque o 13 e não o 14 ou o 15, 16, 17, 18 ou mesmo o 666 que já é naturalmente associado ao nascimento de uma besta ou do inominável, pra ser mais específico.
Claro... usar 666 não daria pra associar a sorte a um dia do mês, mas neste caso poderíamos usar 6, que além de ser o algarismo que gera o 666 ainda poderia ser associado a um dia da semana.
Alias não é por acaso que a sexta-feira ligada ao 13 pode gerar mais energias.
Felizmente a maior parte dos terráqueos não está nem aí com o número 13 e sairão de suas casas tranquilamente, cuidarão da vida e amanhã será apenas Sábado 14, que tem apenas a conotação humorística de que é o dia dos que sobreviveram a Sexta 13.
No cinema a expressão já assumiu muitos significados, Sexta 13 virou filme de terror (e Sábado 14 de terrir) com várias continuações. Este escrevinhador até criou um joguinho chamado Sábado 14, coisa antiga e já sem atrativos considerando o nível e evolução dos jogos, mas foi divertido faze-lo e a idéia surgiu justamente ao assistir a este filme, chamado Sábado 14.
Na literatura o 13 tem muito mais peso que no cinema e muitas vezes nem é citado explicitamente, seu peso costuma ser colocado de forma subliminar, normalmente o autor trabalha mais o numero 12 e deixa o 13 ficar apenas pairando nas sombras da imaginação do leitor, como se estivesse para chegar.
A maior prova disso é que praticamente toda vez que se forma um trio na literatura acaba surgindo um quarto elemento (representando o número 1), como em um dos clássicos da literatura, "Os três mosqueteiros" que todos sabem que eram - na verdade - quatro.
A grande verdade é que 13 é apenas um número como qualquer outro, associa-lo a fatos agradáveis ou desagradáveis é apenas fruto da imaginação de alguém que conseguiu influenciar gente suficiente para fazer esta lenda seguir pelos tempos.
Em algumas explicações de sua origem está justamente Jesus, que estaria cercado por 12 apóstolos quando começou seu calvário e teria voltado justo em uma sexta-feira.
Para mim é uma explicação tão boa quanto a do cara das cavernas que saiu numa sexta 13 para caçar dinossauros e se deu mal... mas também me parece lenda, porque segundo dizem os doutores os homens das cavernas não contavam data e também não conviveram com os dinossauros.
Até tenho vontade de sair e fazer 13 jogos de loteria com 13 reais, mas aí me lembro que teve um sujeito que sonhou com o número 13, e numa sexta 13 foi ao Jóquei Clube e no 13° pareo, apostou tudo que tinha no cavalo número 13... que chegou em 13°. (ops, desculpem essa é velha até em Marte).

Continue lendo...

quarta-feira, 11 de março de 2009

Logo será verdade...

É fake, mas em breve pode estar ao alcance dos terráqueos...

Continue lendo...

sábado, 7 de março de 2009

Eu acho que NÃO vi um gatinho!

Se você morou nas vizinhanças do planeta Terra nos últimos 30 anos certamente deve conhecer Garfield, o gato amarelo, gordo e cínico que gosta de comer lasanha, chutar o traseiro do cão Odie e esmagar aranhas com um jornal (nem sempre nessa mesma ordem). As tiras do felino são publicadas diariamente em mais de 2.500 jornais em todo o mundo, renderam uma série de desenhos para a TV, três filmes para o cinema e o carinho incondicional de milhares de fãs, eventualmente expresso em tosqueiras não menos divertidas como o Lasagna Cat.

Menos sorte teve o cartunista Jonathan Q. Arbuckle, que além de viver constantemente caindo nas armadilhas de seu gato famoso, ainda se veste mal, é atrapalhado, deprimido e um permanente fracasso com as mulheres (além de nunca sabermos o que significa o "Q" em seu nome). Quer dizer: pelo menos até o irlandês Dan Walsh, incentivado por uma idéia surgida em fóruns de discussão de quadrinhos na internet, resolver apagar digitalmente o Garfield de suas histórias, trazendo assim o holofote para os conflitos (não) existenciais do atormentado Jon.

Nascia aí o projeto Garfield Minus Garfield, que nas palavras de seu autor, "é um site dedicado a remover o Garfield das suas próprias tirinhas para revelar a angústia existencial de um certo jovem Sr. Jon Arbuckle". O resultado impressiona pela capacidade de parecer algumas vezes engraçado, outras vezes triste, mas quase sempre estranho e provocador.









Graficamente, os espaços vazios de onde Garfield e Odie são subtraídos acentuam o isolamento e a solidão de Jon, enquanto a narrativa, simplificada ao extremo de um non-sequitur, o faz transitar pelos limites mas sombrios de sua existência patética, tal qual um Charlie Brown - outro proprietário disfuncional de um tirano de quatro patas célebre - crescido. Ou pelo menos, se esforçando para parecer assim (Freud teria orgulho deste rapaz).

Excepcionalmente, esta brincadeira com (ou sem?) um dos mais balofos pesos-pesados da indústria do licenciamento não terminou com o pai de Garfield e alguns sujeitos com maletas de violino fazendo uma visitinha a seu autor. Em vez disso, Jim Davis elogiou a idéia, chegando a lançar o seu próprio livro de tirinhas baseado nela, com introdução escrita por Walsh. Publicações como Time, Rolling Stone, Washington Post e New York Times também reagiram favoravelmente ao projeto, conferindo ao músico irlandês mais reconhecimento do que ele já havia alcançado em cerca de 15 anos de carreira.

"Passei todo esse tempo tentando aparecer na Rolling Stone, e tudo o que eu precisava fazer pra conseguir isso era tirar o Garfield de suas tirinhas", comentou ele certa vez em uma entrevista, bem-humorado. Pois é: como a balança do Garfield gostaria de dizer, às vezes menos é mais.

Continue lendo...

quarta-feira, 4 de março de 2009

Babushkas

Também conhecidas como matrioshkas estas bonecas russas são um dos mais conhecidos artefatos da cultura soviética.
Acabo de escrever um post sobre outro tipo de bonecas russas no Interface Interativa, o blog irmão-gemeo-malvado desde aqui, onde escrevo com minha identidade zé-creta, ou não, pois nunca sei quem sou realmente, deve ser esse meu signo com dupla personalidade.
Qualquer um que tenha mais de 30 anos e teve contato com aqueles antigos cérebros eletrônicos de antigamente já deve ter usado um programa que era considerado genial e simulava uma inteligência artificial, este programa atendia por milhares de nomes diferentes, vamos fingir que ele se chamava Simone, em homenagem a um filme com Al Pacino, onde ele cria uma dona cheia de bits que engana o mundo inteiro e no final... ah, não vou contar o final, claro.
O Simone simulava uma conversa com seu interlocutor e sua missão era enrolar a vítima o máximo possível até que fosse percebido que não tinha uma pessoa escrevendo do outro lado, mas sim uma série de respostas pré-definidas.
Era tudo muito fraquinho, na maioria dos casos a gente enchia o saquinho na segunda ou terceira vez que o programa escorregava na margarina.
Mas que raios ilson tem a ver com as russas?
Calma terráqueo... a gente chega lá.
Se o caro terrestre anda frequentando sites de relacionamentos corre o risco de encontrar um perfil com fotos de uma loira ou ruiva muito bonita, olhos azuis, morando em alguma cidade pequena do interior, onde falta homem, e trabalhando de babá ou secretária, usando computador de alguma amiga (afinal não tem homem na cidade).
Elas são super carinhosas, carentes e só querem que você se interesse por elas... dizem que fazem qualquer coisa pra agradar e por ai vai... não é dificil ser enganado por elas.
E imagino que se tem as russas deve ter o correspondente russo, algum garotão sarado com dois metros de altura e vivendo numa cidade pequena onde não deve ter mulher... não estou a fim de conferir a existência destes personagens mas invagino que existam.
Se o caro terráqueo der de cara com algum destes personagens, inicie uma conversa com eles, responda a um email e descobrirá a nova versão dos antigos Simones.
Sim... um bando de desocupados, em algum lugar, está criando estes personagens e forjando esta troca de emails.
Não me ocorre quais seus objetivos, mas acredito que seja algum tipo de estudo sociológico ou apenas babaquice mesmo.
O padrão é sempre igual, já me dei ao trabalho de manter correspondência com tres ou quatro destas mocinhas e o papo é sempre o mesmo, ficam perguntando tolices e mantendo o interesse.
Mais provável que seja algum golpe, imagino que em certa altura do campeonato comecem a pedir grana para a passagem ou algo assim, no momento estou de papo com uma delas e me fazendo de terraqueo (leia-se bobo) pra ver aonde isso vai dar (epa!).
Alguém mais se rabilita?

Continue lendo...

terça-feira, 3 de março de 2009

Isso ainda existe?

Poizé, né? É isso que dá ficar fora do planeta muito tempo.

Ainda agorinha a pouco estava eu solicitando à operadora local fixa que instalasse banda larga em minha residência de verão. Explico: em Marte não existe muito disso, pois além da internet ultra rápida na empresa, todo mundo que tem celular, tem banda larga no celular e ponto. Planeta evoluido é outra coisa, né não?

Lembrei que antigamente tinha aquele lance do provedor de acesso. Quer dizer, da maracutaia de ter que ter um provedor para não prover nada, etc e tal. Pensei que a humanidade já tinha superado essa, quando fui informado que precisava contratar um desses provedores.

Perguntei "pra que" à atendente.

- Para validar o acesso, senhor (santa resposta, batman).

- Certo, e quanto custa?

- R$ 19,90 no plano básico, senhor.

- Por quantos anos?

- Senhor, esse valor é mensal.

Não, fala sério. Isso não existe. Fui tudo um sonho, né mesmo?

Se foi, deve ter sido uma continuação daquele outro sonho onde a(s) operadora(s) de tv(s) por satélite cobram/não cobram pelo ponto extra.

Continue lendo...

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Pague e não reclame!

Viver em marte foi uma experiência e tanto. Agora que voltei... Bem...

Demorei um bocado pra entender o que anda acontecendo no reino da espoliação tributária nacional, mas acho que "peguei" o sentido das mordidas (não que isso diminuisse a "dor" das mesmas). Eis o que pude deduzir de longas conversas com quem sente na pele o problema:

Até 2007 vigorava (no estado de São Paulo) o Simples Paulista. Uma empresa normal paga inúmeros impostos (mais de 10 com certeza), entre federal, estadual e municipal.

Com o Simples, elas passaram a pagar apenas 3: FGTS, INSS e o próprio Simples, calculado na base de 3% sobre o faturamento bruto mensal (aí incluido o filé minhocão ICMS - que é a fatia do ilustrissimo sr José Serra, nosso governeitor). Todos os meses o Serra fazia a coleta e (sei lá se) repassava a parte do ilustrissimo (mas não tão ilustrado) sr Luis Inácio - nosso mister president (imposto de renda, pis, pasep, cofins, etc e tal).

Ai o Lula resolveu morder o Serra e na calada da noite criou o Simples Nacional, dando cabo e sargendo do Simples Paulista (só sampa tinha um simples do bem, esse de 3% sobre o faturamento). No Simples Nacional, a aliquota passou para 5,4% e passou a ser recolhida diretamente pelo Lula que (sei lá se) repassava a parte do ICMS pro Serra. Note aqui, meu caro leitor amigo, que numa canetada no meio da noite as (coitadas das) micro empresas tiveram um aumento de 2,4% nos impostos, assim, sem mais, nem "menas".

Alguns meses depois o Serra (que de bobo não tem nada) deu o troco, implantando em todo o estado de sumpaulo a Substituição Tributária.

Pausa para uma explicação: o ICMS (que é o principal imposto sobre a circulação de mercadorias) funfa assim: cada produto tem uma aliquota (por exemplo 25%). Cada elo da cadeia comercial (fabricante - distribuidor - revendedor - loja) paga os 25% sobre o preço que praticou, sendo que o seguinte desconta do que tem a pagar, o que já foi pago (senão virava um bolão de imposto sobre imposto). No final o lojista pagava a parte dele, 30 dias após ter feito a venda (e supostamente ter recebido do fregues), já com os descontos aqui chamados de crédito tributário.

Pra exemplificar e simplificar: se o lojista comprou por 80 e vendeu pra você (o otário que paga tudo, no final das contas) por 100, ele (o lojista) deve ao fisco 25 - 20 = 5. Se você chorar um descontinho de 10% e o comerciante fizer por 90, o cálculo muda: 22,50 - 20 = 2,50, pois o valor devido incide sobre o preço final praticado (ou seja, o faturamento bruto mensal da empresa, no caso do Simples). O logista ainda tem (ou tinha) uns 30 dias para pagar o imposto.

Voltando à vaca fria, digo, imposto...

Na Substituição Tributária, o Serra "resolveu" que aquele mesmo produto tem que custar pra você (o otário) uns 120 paus. Como ele decidiu isso? Arrá.... aprenda a votar meu caro leitor! Essa explicação eu deixo pra quando eu mesmo entender o raciocínio dos burrocratas de plantão.

Enfim, o Serra resolveu que vai custar 120 e quem paga o imposto é o primeiro elo da cadeia, ou seja, o fabricante. Então, ele deve ao fisco, ao fabricar o produto e não importando a que preço ele venda, 30 paus (os tais 25% sobre o suposto e imaginado preço final de venda). Só aqui já tem uma marmota: o estado está recendo a grana antes mesmo do produto sair da fábrica ou no máximo assim que sai. É uma excelente fonte de financiamento de gastos publicos e redução de custos operacionais pois se o fisco estadual tinha antes que vigiar milhares de pequenas lojas e barraquinhas, agora ele só precisa vigiar umas poucas centenas de fábricas.

Lógico que o fabricante não vai pagar isso calado e simplesmente repassa os 30 pro distribuidor, que repassa pro revendedor, que repassa, pô, você entendeu). Na ponta, o comerciante paga finalmente os 30 na hora que compra do revendedor (a truta já vem inclusa no boleto de compra da mercadoria). E é claro que ele vai repassar também para o otário, digo, para você na hora que comprar o produto.

A capivara aqui (a marmota já cresceu) é que não importa por quanto ele vender pra você: 100 ou 90 (com desconto), o imposto será sempre o mesmo e já foi inclusive pago. Por baixo, a capacidade do comerciante de "dar desconto" já ficou comprometida. Ok espertinho (pensaria você), e o crédito a receber de imposto pago à mais? Na letra fria da lei do Simples, as micros e pequenas não tem direito a nenhum tipo de restituição, seja lá por que motivo for.

Agora veja só a vaca (cresceu mais um pouco): na Substituição Tributária, o Serra recolhe o dizimo (digo, imposto) diretamente do fabricante e não tem mais nada a repassar pro Lula, não importando inclusive se o comerciante, lá na ponta, for uma micro empresa e portanto operando sob o regime unificado de imposto, conhecido por Simples Nacional. Lula mordeu e o Serra mordeu de volta: briga de cachorro grande, pensaria você.

Não satisfeito, o Serra ainda criou a Nota Fiscal Paulista, para vigiar e conferir se você, o otário, está pagando direitinho o que deve.

"Mas RD, a Nota Fiscal Paulista é um excelente mecanismo para forçar o comerciante (visto sempre como o bandido, ladrão e sonegador) a emití-la e portanto a pagar devidamente os impostos. Tem esse lado da cidadania, de cumprir os deveres de cidadão, fiscal do Sarney, etc, etc, etc.".

Meu amado leitor, não leu o que eu escrevi acima? O Serra faceiramente já pegou a parte dele no começo do processo e nada mais tem a receber, não importando se lá no balcão o comerciante emitiu ou não a nota fiscal. Até porque, para vigiar os fabricantes ele criou a nota fiscal eletrônica, à qual todos (anteriores ao comerciante final) estão sujeitos. E a parte do Lula? Ora, ele que se dane e cuide de receber a parte dele.

No final das contas, o programa Nota Fiscal Paulista serve tão somente para dar poderes de fiscal a todos os consumidores, com remuneração zero (ok, sorteia-se alguns caraminguás para iludir a patuléia e tá limpo).

A tecnocracia estadual escorregou feio na maionese nessa brincadeira. Demorou quase um ano até alguém perceber que o regime de Substituição Tributária não tem como alimentar o cálculo da devolução do imposto, do programa Nota Fiscal Paulista. Um é o oposto do outro e "sortear" premios foi a saida para que o programa não morresse antes da hora. Isso até agora, pois uma norma da receita estadual (vigorando a partir de 01/02/09) obriga os comerciantes a incluir nos cupons fiscais as respectivas aliquotas dos produtos (embora eles próprios não sejam mais os devedores desse imposto pois o mesmo já está pago).

Agora vem a elefanta (ufa, como cresce): não satisfeitos, resolveram aumentar (a partir de 01/03/09) em até 80% as aliquotas que eles usam para calcular os valores considerados finais, para os preços no varejo (o popular no balcão).

Ou seja, de 2007 para cá o valor dos impostos só tem aumentado e os benefícios.... necas.

Bem, não sei como é ai no seu estado, mas aqui no estadão prafrentex agora é assim e a julgar pelo andar da carruagem, logo, logo, assim também será no seu. A menos, é claro, que eu tenha entendido tudo errado e o estado faz o papel do bonzinho nessa história.

Continue lendo...

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Peixões on line...

Não... não vou falar de pesca...
Quando era apenas um rapaz imberbe, havia poucas possibilidades de conseguir chegar perto de uma garota e mesmo quando se superava esta limitação era preciso superar outras, ainda mais complexas, sem contar que o raio de ação se limitava ao bairro.
Depois cresci, a barba também e fiquei mais malandro e como morava no Rio de Janeiro não era tão dificil assim chegar perto de uma garota, foi uma boa época, não havia doenças sexualmente transmissíveis que matassem e vivia-se uma época em que se usou um termo que hoje soaria meio boiola em círculos mais machistas: Amizade Colorida.
Ai fui ficando gordo, os cabelos cairam e mesmo ainda morando no Rio era meio complicado disputar espaço com a concorrência, mas as mulheres não rarearam... ou melhor dizendo, rarearam sim, mas ampliaram-se as possibilidades, mesmo porque podia-se ir muito além do bairro e da própria cidade.
A primeira namorada de fato que surgiu por meios virtuais era de Santos e valeu cada viagem, especialmente uma que fizemos de Santos para o Rio, num Ford K e que levou uma semana. Viemos pela velha estrada Rio-Santos e paramos em cada praia, cada canto.
Esta moça eu conheci no ICQ, o pai do MSN e o relacionamento aconteceu mais por acaso, depois de uma boa temporada onde conversavamos como bons amigos.
Logo em seguida o mesmo ICQ trouxe outra moça bem interessante, com a qual compartilhei 8 anos de minha vida e quando isso terminou me sentia meio que viciado em usar a Internet para procurar uma parceira.
Mas como se faz ilson? Perguntaria o terráqueo meio desavisado das possibilidades.
Bom, o MSN (filho do ICQ) continua sendo a melhor forma de rodar o molinete e atrair o peixe ou a sereia. Mas não é a melhor opção para as pesquisas preliminares.
A tal pesquisa precisa ser feita em um website de relacionamentos... e há muitos deles, mais ao final coloco alguns e comento sobre as vantagens.
O interessante é que a partir de um website destes o terráqueo encalhado ou a terráquea solitária pode encontrar mais do que uma companhia pra uma noite... claro que depende também de sorte e de uma boa conversa, não é chegar, pedir pra embrulhar e levar pra casa.

TUTORIAL DO PAQUERADOR(A) ON LINE

Algumas dicas fazem-se necessárias... ou corre o risco da sua experiência virtual ser bem desagradável.
O primeiro passo é se cadastrar em uma ou mais serviços, mas atenção... este pessoal cobra e cobra caro. Se tem grana pra jogar fora, mande bala e faz logo uma assinatura premium, ouro ou seja lá como o site chamar, pro outro lado estará "sinalizando" que grana pra você nunca foi problema e terá muitas vantagens sobre os que preferem ficar na versão limitada e gratuita que todos estes sites oferecem.
Ops... mas não tem nenhum gratuito?
Tem sim, eu mesmo estou fazendo um mas tenho algumas outras prioridades a resolver e não garanto quando estará pronto. Se quiser testar veja nos links mais abaixo.
Mas não fui o primeiro a fazer isso de forma gratuita, um americano que cansou de pagar aos sites profissas acabou fazendo um para ele mesmo, é totalmente gratuito e apesar de ser feio pra dedéu (não o dono, o site) é muito eficiente e ainda permite internacionalizar sua busca. Mas não se preocupe, tá cheio de brasileiros e brasileiras por lá.
Mas seguindo nas dicas.... se quiser chamar a atenção precisa colocar suas melhores fotos no site e não adianta apelar, colocar foto do Brad Pitt ou da Angelina, vai pegar mal quando precisar encontrar com o incauto ou incauta que acreditar no engodo.
Também não adianta dizer que tem o corpo sarado se está mais pra uma mamma italiana ou um bochechudo cappo, se não quiser mentir, omita, mas não minta que vai pegar mal.
Preencha tudo, diga se fuma ou se não fuma, se tem filhos, se quer ter, se quer apenas uma aventura de uma noite ou passar a vida pegando no pé da vitima. Tem gosto pra tudo.
E não fale demais... especialmente se não for bom com palavras, diga o minimo sobre você, o essencial e o que realmente quer da outra parte interessada, isso facilita tanto encontrar quanto ser encontrado.
Depois de preencher tudo, apenas aguarde o monte de email que o site vai te mandar, com indicações interessantes, e algumas delas muito interessantes mesmo.
Claro que se for um usuário da parte gratuita terá grandes limitações, pois os sites não liberam de jeito nenhum o email ou o MSN da outra parte a não ser que voce pague.
Mas não é nada que a criatividade não resolva... eles tem um monte de caras lá pra checar se você deu dicas sobre seu MSN ou outras formas de ser encontrado(a) na Net. Um simples nick que seja igual a seu MSN servirá não só como dica mas também como teste de inteligência da outra parte.
Mas ainda nem começou a festa...
Depois de descobrir o MSN ou um email de alguém que atenda aos seus interesses vem a parte mais complicada, que é convencer a pessoa de que você é muito legal.
Ai não posso dar muitas dicas, cada um tem seus méritos... recomendo apenas continuar seguindo a regra básica do relacionamento virtual: omita, mas não minta.
Se é homem e careca e tem vergonha disso não comente, mas procure - discretamente - saber o que a mulher pensa dos carecas. Se é mulher e acha que tem olhos de cores diferentes, orelha grande demais ou seios pequenos demais não se preocupe pois a maioria dos terráqueos nem está se lixando pra isso, mas se está muito acima do peso, por exemplo, procure saber se o cara gosta de carne e evite falar que está "gordinha" isso pra um homem é o mesmo que dizer "sou uma baleia, mas me considero sereia". Faça o mesmo que o careca... fique na sua e sonde o terreno, pois tem caras que adoram apenas as mais cheinhas.
E não tem essa coisa de ser velho ou novo, tem gente de todas as idades nestes lugares e muitos preferem justamente pessoas mais ... digamos, experientes.
Ou seja... nada de mentir na idade, se tem apenas 17 anos fique na sua e saiba que nem devia estar ali, mas tudo bem.... diga que tem 18 que ninguém vai notar. Mas se tem 67 é recomendável que assuma pois tenha a certeza que haverá outros ali na sua faixa ideal, inclusive alguns que não estão mas curtem os mais experientes... sacou?
Outra coisa... se está lá a fim de apenas uma noite de prazer, não fique fingindo que quer namorar dois anos antes do primeiro beijo e se esta é sua preferência então informe, para evitar justamente alguém que quer namorar por dois anos se encontrar com outro alguém que quer sexo no primeiro minuto... não costuma dar certo.
Depois de muita conversa (ou pouca) vem o famigerado primeiro encontro.
Se a pessoa mora na Australia e você no Brasil recomenda-se cautela, se for uma garota russa de 24 anos, loira e linda ainda mais cautela pois tem muita embromação neste meio, converse muito, troque fotos, telefone... é fácil descobrir se alguém existe realmente ou não com a convivência virtual.
Mas se a pessoa mora na mesma cidade ou logo ali... parta logo para o primeiro encontro, pois ele é decisivo.
Se não passar neste teste não se iluda... não vai rolar.
Tenho alguns amigos e amigas na Internet que NUNCA conheci pessoalmente e alguns são mais antigos que a própria Internet, pois já usava isso no Video Texto ou BBS, não necessáriamente nesta ordem. Mas são amigos... é diferente, dá pra ser amigo até de um Klingon através da Internet e neste caso é melhor não conhecer.
Mas se a idéia é namorar o Klingon (epa!) o melhor é tratar de conhecer logo e se sobreviver a este primeiro encontro e quiser um segundo é porque vai rolar algo.
A regra de ouro é... seja você, não invente pois se inventar vai ter um sério problema, estará rodeado(a) de admiradores.
Se estiver se perguntando:

- Mas pra que serve tudo ilson?

Entonces, signfica que não quer conhecer outras pessoas ou quer mas não quer admitir, nesce caso perdeu seu tempo lendo este post e nem recomendo que siga algum dos links a seguir.

Vamos aos links, com alguns comentários:
  • www.centraldesites.net/cv
    Não... não é uma subsidiária do Comando Vermelho, CV quer dizer Cupido Virtual, seu que o nome é meio - digamos - babaca, mas o amor é babaca mesmo então deixa assim. O nome é provisório, assim que o site ficar pronto receberá um dominio próprio. Mas pode ir lá, cadastre-se e seja um beta-tester deste projeto, ajude a fazer para ter o primeiro site - verdadeiramente gratuito - de relacionamentos no Brasil;
  • www.plentyoffish.com
    Coloquei o termo no Google Translator e a resposta foi algo como "abundância de peixes"... beleza, um nome bem melhor que Cupido Virtual. A diferença é que tá cheio de perfis de homens e mulheres, muito bom, cheio de recursos, apesar de não primar pela beleza do design, mas quem tá lá pra ver isso? O único problema é que o candidato precisa dominar um pouco de inglês pra navegar por ali. Totalmente di grátis, 0800, free mesmo;
  • www.parperfeito.com.br
    O Par Perfeito é um dos mais conhecidos, também é conhecido por outros nomes pois aparentemente o programa é uma espécie de franquia. Muito bom, cheio de recursos interessantes, mas a prestação é meio salgada, só quem tiver pelo menos 30 pratas pra pagar por mês vai usufruir de todos os recursos. E este parece ser o preço padrão dos sites de relacionamentos, quase todos cobram nesta faixa. Recomendo o uso pois tem pessoas interessantes lá, para ambos os sexos e podem ir tirando esse sorrisinho da cara, pois sou hetero convicto, mas já ajudei algumas amigas a usar o sistema, então sei que funciona bem para os dois lados (epa!);
  • www.match.com
    Este é a versão da Microsoft para site de relacionamento, parece ser bom mas nunca usei o suficiente pra ter certeza, é do tipo que manda SPAM o tempo todo e complica ao máximo as possibilidades, por isso desisti de usar, mas tem muita gente lá, então deve ter algo de bom;
Há muitos outros, inclusive uns especializados em sexo de todos os tipos e variantes e não posso fazer uma relação pois não sou tão viciado assim, sempre entrei nestes sites pra procurar uma parceira fixa e quando encontro deixo pra lá (o site, claro) e o bom é que mesmo aquelas que não passam no teste de pele (ou me reprovam) podem vir a se tornar boas amigas.
É isso, se está na solidão e quer sair, use o computador pra outras coisas além de jogar Paciência.
Não espere milagres... mas tenha a certeza que novos planetas se abrirão.

Continue lendo...

O que você não tem não é o que você vê

Como todo artista gráfico formado na época do aerógrafo com nebulizador deve saber, o que importa é a idéia por trás da arte, e não a técnica usada pra transmitir essa idéia, certo?

Esta visão parece meio auto-indulgente pois, sob certo ângulo, dá a impressão de que você pode alcançar o mesmo resultado pintando com aerógrafo ou casca de batatas, por exemplo. De todo modo, tal conceito sobreviveu bem na transposição das artes gráficas tradicionais para o reino da arte digital: aqui, é como se o mais importante fosse o artista que opera o programa, e não os recursos específicos que este ou aquele software oferece. Num mundo ideal, portanto, seria indiferente usar Corel ou Illustrator (ou ainda, vá lá, cascas de batatas no scanner): o que conta mesmo é o homem por trás da máquina e sua capacidade de emocionar o leitor.

Hã... Então tá. Mas em se tratando de softwares, não há como negar que certos recursos permitem ao artista expressar mais rápido (seria ousado demais dizer "melhor"?) certas visões que, de outro modo, talvez nem tivessem como chegar até o leitor.

Um bom exemplo é o método de redimensionamento de imagens apresentado por Shai Avidan e Ariel Shamir no Siggraph de 2007. A princípio batizado de seam carving e depois content-aware image resizing, este algoritmo foi instantaneamente popularizado por um vídeo viral que o demonstrava em ação, sendo logo implementado no Photoshop, Gimp e outros editores gráficos mais ou menos conhecidos (quem não tiver nenhum desses programas pode testá-lo aqui).

Pra quem não conhece, este algoritmo detecta áreas de influência numa imagem, preservando os pontos focais e limitando o redimensionamento aos pixels de menor importância estatística. Basicamente, isto permite preservar um barquinho enquanto se redimensiona o oceano, mas é uma idéia que pode ser aplicada em muitas outras, errr, dimensões interessantes.

Por exemplo, nesta pinup do mestre Al Moore (um dos sucessores do Vargas na revista Esquire) que ilustra este blog:


Como se pode ver, a moça teve algumas proporções ligeiramente exageradas a fim de que ilustração ocupasse toda a largura da página da revista. O problema é que as colunas deste blog são bem mais estreitas do que uma página impressa. Se usássemos a técnica tradicional de reescalar diretamente a largura e a altura do original, aplicando as proporções das imagens do blog, o resultado ficaria mais ou menos assim:


Urgh! Nem mesmo algo que o sobrinho menos talentoso do Al tivesse coragem de mostrar.

É aí que a sacada do content-aware resizing mostra ao que veio. A beleza de se usar este recurso no Photoshop é que ele permite controlar facilmente as áreas de influência da imagem, bastando pintar uma máscara por cima dos pixels a serem preservados durante o redimensionamento. Com alguma astúcia, então, pintei máscaras sobre as áreas-chave da imagem original e apliquei o content-aware resizing:


Ahhh... Bem melhor agora (em mais de um sentido, como observaria o Divino).

(Claro que precisei trapacear um pouco em alguns pontos, mas mesmo assim o truque me permitiu fazer em alguns instantes uma edição que, de outra forma, eu levaria vários minutos para completar usando recortes isolados).

Por fim, alguém poderia observar que a imagem resultante não é "igual" à original. De fato, a escolha de outras áreas de influência produziria um resultado diferente, e portanto, toda imagem produzida com este método vem a ser uma reinterpretação da imagem original. Em outras palavras: o content-aware resizing apimenta a trama da novela "o que você vê não é o que existe", comprimindo ainda mais (e de maneiras ainda menos perceptíveis) o espaço entre o real e a manipulação.

Então, já sabe: não acredite nas supermodelos das revistas, nas pinups deste blog, nem na sua foto no Facebook - com os avanços da manipulação de imagens, somos todos cascas de batatas.

Continue lendo...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Essa é velha...

De vez enquando algum amigo manda um link de algo bem antigo e apesar da desconfiança de que será um dejavu (portanto falha na Matrix) vai-se lá pra conferir.
Anote ou clique no link:

http://www.goear.com/listen.php?v=dac6c1f

É uma conversa gravada com um atendente da MS, onde primeiro liga uma filha da fulana e depois a própria fulana. Elas querem - porque querem - que o atendente tire a estrelinha azul que impede sua cópia pirata do XP de funcionar direito.
É um primor da ignorância, da falta de educação e da paciência (do atendente) mas a verdade é que a MS invadiu mesmo com este procedimento, só lamenta-se que não tenham levado porradas maiores do que algumas donas subindo nas tamancas.
Enfim... é a vida neste planeta de loucos.

Continue lendo...

Atualize seu sérebro!

Homessa, mal o dia começou e trombei com duas pataquadas bem ao estilo inhambiquara.

Primeiro uma campanha para atualizar os navegadores, o que, segundo a própria, visaria facilitar a vida dos desenvolvedores e dar mais e modernos recursos aos internautas.

Segundo uma demonstração de imoralidade intelectualoide, bem ao gosto dos descoladinhos da rede de todas as mães, sobre a campanha "bote um peito ai, menina", ocorrida na Suécia (seja lá onde for essa tal de Suécia).

Tenho certeza que a exposição prolongada ao ar marciano provocou danos irreparáveis à minha pobre massa cinzenta, mas venhamos e convenhamos: dãammm, desde os tempos das cavernas (não necessariamente as de marte) que os marqueteiros da época exageravam nas proporções, sabe-se lá por que cargas dágua. Então santa, não se descabele só porque tem blogueira que entra no jogo. O (i)mundo é assim mesmo.

Elefoas, cá entre nós e que ninguem nos leia: desconfio mais da blogueira que botou a boca no trombone do que da gostosona que peitou a paradinha (no bom sentido, claro). Fala sério, qual das duas você acha que "rendeu" mais para a empresa?

Quanto aos navegarores, sorry, mas uns trinta por cento da população internética ainda estará usando IE6 por mais que vocês detestem o Bil, a Maicroçofiti, o Uindous e o IE.

Continue lendo...

domingo, 1 de fevereiro de 2009

U kno i nd some1, hlp!

Era um serviço curto, mas alguém tinha de fazê-lo: depois da estenografia, do nuuchahnulth, dos guinchos das baleias jubarte e do MiGuxXxês, agora é a vez do 140it tentar botar ordem nessa babel de criptogramas que tanto prejudica a agilidade da comunicação no conectado mundo contemporâneo.

Para quem não conhece, o 140it é um projeto de meio-expediente (dãã) de dois programadores do Yipit, cujo funcionamento é muito simples: antes de postá-la, o usuário introduz a sua fala de agradecimento na cerimônia do Oscar, e o 140it tenta converter o tal discurso no formato telegráfico de 140 caracteres ou menos usado no Twitter (pode não parecer nada, mas com essa idéia os rapazes conseguiram mais espaço na mídia do que com sua outra proposta, um serviço que reduzia frases inteiras em islandês a monossílabos átonos, e que jamais decolou porque aparentemente eles não tem vogais na Islândia).

Para atingir essa concisão, o 140it usa um avançado algoritmo que abrevia endereços e elimina algumas vogais supérfluas das palavras. Eis como ficaria, já devidamente convertido ao dialeto do 140it, um trecho da célebre canção hlp!, que a banda inglesa thbtls compôs em homenagem à célebre tecla F1:

hlp! hlp! i nd smbdy, hlp! not jst nybdy, hlp! u kno i nd some1, hlp. whn i was yngr, so mch yngr thn tdy, i nvr ndd nybdy's hlp in any way. but now ths dys are gn, i'm not so slf ssrd, now i fnd i've chngd my mnd i've pnd up the drs.

Enfim, que Cultura Inglesa e dicionário Michaelis, que nada: quem diria que o suporte acadêmico indispensável para se tornar fluente no Esperanto do século 21 seria a sua velha coleção do Coquetel Corujão Master.

Continue lendo...

Maçã quente

E por falar em gadgets que gostaríamos de ter, o iPhone andou soltando faísca em mais um concurso: o eletrizante campeonato nacional da radiação em celulares. De acordo com a Anatel, o aparelho A1241 da Apple – mais conhecido como iPhone – é um dos celulares com maior emissão de radiação encontrados no país, perdendo apenas para o dispositivo que o Homem Radioativo usa para se comunicar com o Caidaço Boy, e para um tal HTC Touch Dual P5530.

Enfim, talvez isso explique porque todo usuário se sente tão radiante com seu novo iPhone, ou ainda porque as mulheres ficam tão eletrizadas toda vez que alguém tira estrategicamente o aparelhinho ainda bloqueado do bolso e diz "venda todas as minhas ações da Apple!".

(Nota: apesar de algumas taxas parecerem chocantes, os especialistas asseguram que a radiação emitida pelos celulares é absolutamente inofensiva para o homem, em particular se o seu nome for Jonathan Osterman ou David Banner).

Enquanto estamos nisso, bem que podiam aproveitar e medir a emissão de radiação de outros gadgets "quentes" como o iPod, por exemplo. A julgar pelo jeitão das pessoas neste vídeo, as taxas de radiação emanadas pelo popular tocador de MP3 também parecem estar bem acima do razoável. Bzzrrrt!

Continue lendo...

Os e-books voltaram. Mas pra onde eles haviam ido?

Deu no New York Times que após serem ignorados por quase uma década, os e-books finalmente estão bombando, em parte devido ao aumento da popularidade do Kindle, o leitor de e-books da Amazon.

Epa, como assim o Kindle – aquele brinquedinho que todo mundo concordou em deixar pra lá porque era difícil de manusear, limitado, preto-e-branco, lento e nem um pouquinho cool?

Bem, quase: estamos falando do novo Kindle, que ficou mais rápido, graças aos avanços da tecnologia, e incrivelmente cool, após os elogios recebidos no popular programa da apresentadora Oprah Winfrey (estranho como ninguém na MS tenha pensado em algo assim para tentar salvar o Windows Fiasco da vista, quero dizer, bom, você entendeu).

Não deixa de ser irônico que essa volta por cima se dê num momento em que as vendas dos livros impressos (aqueles, que havíamos combinado que nunca iriam acabar) estejam caindo nos Estados Unidos, e depois de portáteis mais charmosos como o iPod, o Blackberry e os netbooks terem se tornado bem mais populares do que o Kindle sem a necessidade de nenhum empurrãozinho em programas de TV.

(Sempre se pode argumentar que é desconfortável ler "A Montanha Mágica" na telinha de um netbook, mas experimente buscar no Google "autores alemães de livros enormes" com o Kindle para comprovar que o desconforto pode ter dois lados - e uns botõezinhos parecidos com pastilhas de borracha).

De todo modo, a ressurreição do Kindle na mídia americana traz novamente o foco para dezenas de leitores de e-books alternativos dos quais nem seus fabricantes ousavam mais falar. Com a súbita profusão de alternativas de leitura, ou até mesmo por causa dela, resta saber se os leitores ainda terão paciência para encarar até o fim um clássico como Moby Dick, ou se vão achar mais prático ir deslizando a barra de rolagem para baixo até descobrir se o Capitão Ahab consegue capturar a sua presa – e longa vida aos livros de tecnologia, administração, política e auto-ajuda, cuja compreensão independe da maneira e/ou da ordem em que foram (ou mesmo se foram) lidos.

Enfim, tudo indica que a leitura de álbuns para colorir ainda não está inteiramente resolvida nesses dispositivos, então de minha parte, acho que vou deixar passar mais uma vez.

Continue lendo...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Cheguei hoje

Fala sério: não tem dias que você acorda e parece que acabou de chegar de marte? Acabou de descer no espaçoporto (eita palavrinha feia) principal da terra de vera cruz e já percebeu que a patuléia patinou feio na sanidade?

Poizintão, estava eu lendo as noticias da manhã (esporte recomendável a todos) quando me deparei com a seguinte pérola: a Wikipédia vai filtrar a liberdade nos verbetes, ou seja, apenas usuários cadastrados, considerados confiáveis pelo site poderiam alterar os verbetes.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica/ult124u494496.shtml

Como assim, cara pálida? Usuários confiáveis? Quens? Aqueles que rezam pela mesma cartilha dos "wikipedistas de carteinha"? Santa paciência...

Lembrei de uma vez ter visto um muro branquinho, recem pintado, uns 60 metros de comprimento por uns 3 de altura. Impecável brancura e bem no meio a pichação: "só de sacanagem". Pra mim soou como uma lição de vida.

Continue lendo...

E o meu?

A festa do CC (Cartão Corporativo) continua, uma lista de despesas emergenciais publicada na página 14 da Revista da Semana, edicão 72, ano 3, mostra que apesar de todas as "medidas" que foram tomadas o simancol ainda não chegou aos nossos bravos servidores públicos.

A lista contém os itens:

* R$ 2.800,00 em bolas de futebol, compradas por servidores da Universidade Federal de Santa Maria;
* R$ 647,00 em mochilas de notebook, compradas por um oficial da Força Aerea Brasileira;
* R$ 5 mil em ítens de alimentação, comprada por funcionários do comando da aeronautica;

Seria bom se eu ganhasse meu cczinho, assim, azarado do jeito que sou provavelmente começariam a prender as pessoas que tem essa cara de pau pra usar cartão de plástico.

Continue lendo...

O que ser ilson?

Bom... é um blog, ou como preferimos dizer, um blorgue como qualquer outro, escrito por meia duzia de mãos de velhos amigos rabugentos.
Se nos fixarmos apenas no nome, várias seriam as explicações possíveis e certamente cada um dos cavernosos editores terá a sua, eu tinha a minha, mas um passarinho me disse que se eu não contasse teria acesso a sete virgens logo apos minha passagem desta para a melhor e pelo sim, pelo não, deixo pra contar em outro dia, outra hora, talvez outro blog.
Este blorgue está no molho por muitos anos, não é de hoje que vem sendo ameaçado ser feito, mas por alguma dessas ironias do destino ou falha na matrix acabou aparecendo, como garrafas lançadas ao mar.
Então é ilson, primeirão, mangalô, treis veiz, finalmente saiu o primeiro post...

Continue lendo...

^